As pandemias e endemias passadas nos ensinaram lições valiosas sobre como enfrentar crises de saúde pública como a Mpox. A história nos mostra que a preparação e a resposta rápidas são essenciais para conter a propagação de doenças. Durante a pandemia da COVID-19, por exemplo, a importância da comunicação clara e a colaboração global se destacaram como fatores cruciais para a gestão eficaz da crise.
A experiência demonstrou que a transparência e o compartilhamento de informações entre nações e organizações são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias coordenadas e eficazes. E, apesar de a OMS ter declarado emergência global e também já ter alertado que não se trata de uma nova COVID, os ensinamentos de comunicação e cuidados pessoais podem nos levar a um caminho “menos endêmico”.
Uma lição importante de cenários passados vêm das campanhas informativas, desde vacinação e especialmente informação de qualidade, que mostraram o poder potencializar os cuidados a fim de controlar doenças. Em resposta à mpox, a vacinação direcionada, juntamente com campanhas de conscientização pública, pode ser uma ferramenta eficaz para reduzir a transmissão e proteger as populações vulneráveis. A experiência passada também sublinha a importância da vigilância contínua e da adaptação das estratégias conforme a situação evolui.
Finalmente, as respostas às epidemias de Ebola e Zika destacaram a importância da infraestrutura de saúde robusta e da capacidade de mobilização rápida. Países que investiram em sistemas de saúde resilientes foram mais capazes de lidar com esses surtos, minimizando o impacto na saúde pública. Com a mpox, é essencial que os governos fortaleçam suas infraestruturas de saúde e garantam que estejam preparados para responder prontamente a surtos futuros, utilizando as lições aprendidas em crises passadas.
Estamos, sim, diante de um desafio, mas como diria o filósofo francês Albert Camus, “não se pode criar experiência; é preciso passar por ela”.