Como mulher e profissional negra, sempre acompanhei o trabalho de Glória Maria, com destaque no meu TCC, que trouxe a reflexão sobre ter mais representação de negros na TV. Destaco que, com sua morte, entra para a História um grande ícone da luta antirrascita na Comunicação e no mundo. Com seu talento, Glória abriu caminhos para mulheres negras na profissão e tornou-se um exemplo na luta contra o racismo, sendo “a primeira” muitas vezes:
- a primeira repórter negra a entrar ao vivo e em cores na TV brasileira
- a primeira mulher negra a apresentar o ‘Fantástico’
- Inaugurou a era da alta definição da TV brasileira, em 2007
- primeira mulher brasileira a usar a Lei Afonso Arinos (que proibia a discriminação racial no Brasil, em 1951, ainda que não considerasse o racismo como crime, mas contravenção
Representatividade e potência sempre esteve em sua trajetória! Passou por diversas situações de constrangimento, desde a época do general João Baptista Figueiredo, na Presidência de 1979 a 1985, e último presidente do período da Ditadura Militar. Depois de corrigi-lo durante uma entrevista, a jornalista foi ameaçada pelo militar de prendê-la e arrebentá-la.
Glória Maria nos deixa o seu legado!